Uma nova vida para a casa da Gertrudes

Joana herdou uma casa de família de uns primos que nunca chegou a conhecer muito bem. Nos últimos anos já só lá vivia Gertrudes, mulher forte, bem disposta e de bem com a vida. A idade foi avançando e aos poucos Gertrudes foi perdendo a mobilidade e a autonomia.

A casa já conhecera melhores dias.

Em baixo reina a quietude: mobílias escuras, bibelôs e naperons acumulam pó.

Em cima, no sótão, guardam-se as memórias de quem lá viveu ao longo de décadas: fotos antigas, chapéus em magnificas caixas redondas, malas de madeira de viagens ultramarinas, brinquedos de madeira, roupas e panos antigos.

Joana tem tempo e decide abordar cuidadosamente o conteúdo da casa. Retira o lixo, separa o que é para dar, encontra vários colecionadores que lhe agradecem as dádivas. Vende alguns dos móveis e candeeiros. Pelo meio varre e limpa. A casa começa a acordar da sua dormência.

Joana, numa cerimónia espiritual, honra a vida de todos os habitantes que a casa teve e convida a casa a libertar as memórias mais tristes e a conectar-se com a sua essência de ‘Casa dos Sonhos’ de uma família.

Joana pergunta-lhe se se sente pronta para receber de novo crianças e acolher festas e celebrações. A casa sorri sentindo a oportunidade de renascimento.

Das várias propostas de compra Joana e a casa escolhem a de um casal que se propõe renovar a casa respeitando a sua traça original e a sua evolução ao longo dos anos. Honrar é a palavra de ordem!

Se pudessem sentir a alegria da casa!! A casa, apesar de imóvel, pulava e sorria e Joana não podia estar mais feliz!

Gertrudes já não está. A casa espera pacientemente pela chegada de Joana. O que lhe irá acontecer?

Joana quer vender a casa e apesar de não ter tido grande ligação emocional com a família de Gertrudes, sente-se responsável por honrar e cuidar de todo este legado. A casa já quase não se lembra do entusiasmo que sentiu quando foi construída como casa dos sonhos da família há 90 anos atrás. Tantas festas, tantas crianças a correrem por ali fora. Tantos momentos felizes. Agora sente-se estagnada: tantos objetos no mesmo sítio há tantos anos. Também se sente triste: guarda as memórias do sofrimento de Gertrudes e da sua solidão. Parte da sua energia ainda está por ali.

Joana tem tempo e decide abordar cuidadosamente o conteúdo da casa. Retira o lixo, separa o que é para dar, encontra vários colecionadores que lhe agradecem as dádivas. Vende alguns dos móveis e candeeiros. Pelo meio varre e limpa. A casa começa a acordar da sua dormência.

Joana, numa cerimónia espiritual, honra a vida de todos os habitantes que a casa teve e convida a casa a libertar as memórias mais tristes e a conectar-se com a sua essência de ‘Casa dos Sonhos’ de uma família. Joana pergunta-lhe se se sente pronta para receber de novo crianças e acolher festas e celebrações. A casa sorri sentindo a oportunidade de renascimento.

Das várias propostas de compra Joana e a casa escolhem a de um casal que se propõe renovar a casa respeitando a sua traça original e a sua evolução ao longo dos anos. Honrar é a palavra de ordem!

Se pudessem sentir a alegria da casa!! A casa, apesar de imóvel, pulava e sorria e Joana não podia estar mais feliz!


(Inspirado numa história real)

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